Desembarcaram no porto de Vitória, no estado do Espírito Santo, em 1859, contribuindo para o crescimento da região, vindos dos navios “Gutenberg” e “Doktor Barth”. Ao chegarem no Brasil acabaram encontrando pobreza semelhante àquela de seu país. As dificuldades que viveram em sua chegada eram muitas e quase que insuperáveis. O forte espirito de união foi o fator decisivo na superação de tantos desafios impostos.
Casamento Pomerano
Varias Tradições dos Pomeranos, uma das que mais chamam atenção é o casamento pomerano, pois trata-se de um acontecimento social marcante que reúne o povo numa alegria de três dias de festa.Em todo casamento pomerano, na cabeceira da mesa do almoço, destacava um arco com ramos verdes e ao lado dos pratos dos convidados, um ramo pequeno de mirta.
Como? Para fazer o convite, o “convidador” de casamento, que em pomerano é hochtijsbirer, geralmente o irmão caçula da noiva, convida, com três semanas de antecedência, servindo-se de meios de locomoção própria, antigamente cavalo ou bicicleta que foram substituídos, nos dias de hoje, pela motocicleta. O cuidado em ornamentar com flores e ramos verdes os meios de transportes dos noivos e de suas famílias ainda se mantém presente, assim como o cuidado com as vestes dos noivos e padrinhos, enfeitadas com fitas e ramos.
Na véspera do casamento é realizada, na casa dos pais da noiva, a cerimônia do “Quebra Louça”, uma garantia para felicidade do casal. Depois da cerimônia, todos dirigem-se para a casa dos pais da noiva, onde é realizada a festa.
O Vestido de Noiva Preto
Antigamente a noiva era arrumada por sua mãe e trajava vestido preto de cetim com uma faixa verde, igualmente de cetim, na altura da cintura, e uma coroa verde, tecida de murta, alecrim ou de cipreste, adornada com flores de laranjeira. No Espírito Santo este costume perdurou até 1940.
A explicação para o uso do vestido preto teve várias versões errôneas, quando ele simboliza morte social (separação da noiva de sua família, pois o casal mora nas terras dos pais do noivo, então quem se desloca de sua rede de parentesco é a mulher).
Fritzadanz- A dança dos Pomeranos
O nome do grupo “Fritzadanz” foi dado em homenagem aos primeiros moradores que chegaram ao nosso Município, a família Klems: Srª Bertina e Fritz Klems. Esse casal recepcionava os Pomeranos que chegavam à procura de pão, paz, terra e vida. Eles ofereciam sua casa para dançar, louvar a Deus, orar, cantar, planejar atividades, resolver dificuldades, entre outros.
As danças são originais trazidas na bagagem dos pomeranos que aqui chegaram entre os anos de 1859 a 1872. Essa tradição foi passada de pai para filho e assim sucessivamente até o ano de 1968, quando se formou o primeiro grupo de danças Pomeranas intitulado “Irmãos Alegres”. Alguns nomes do grupo da época: Theodomiro Schönrok e esposa, Emílio Fridrich e esposa, Humberto Boldt e esposa, Lourenço Fridrich e esposa, Dalmácio Espíndula e esposa, Henrique Boldt e esposa, João Bausen, Lindolfo Boldt, Germano Föesch, Ewaldo Boldt, Martin Boldt, Érica Boldt, Elizabeth Boldt, Julio Krüger, Delina Krüger, Laurentino Krüger, Adolfo Krüger entre outras mulheres.
A primeira apresentação oficial do grupo em público foi no dia 25 de Julho de 1972, no campo de futebol da fazenda do Sr. Carlos Föesch, na festa hoje conhecida como Festa do Colono.
A primeira apresentação oficial do grupo em público foi no dia 25 de Julho de 1972, no campo de futebol da fazenda do Sr. Carlos Föesch, na festa hoje conhecida como Festa do Colono.
Hoje, Fritzadanz apresenta as antigas danças e usa os trajes típicos da época da chegada dos imigrantes Pomeranos, dando assim mais originalidade ao grupo. O grupo tem aproximadamente 20 danças tradicionais, todos com título em Pomerano. O grupo Fritzadanz se encontra semanalmente no ponto de Cultura “Pommer Kultur” para aperfeiçoar os passos, o que não é tarefa fácil. O grupo Fritzadanz se apresenta nas Festas do Município, além que outros eventos.

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